A Flaprensa mostra sua cara

Dá para confiar na imparcialidade das notícias de um canal de TV do presidente de um partido político? E de uma rádio cujo dono possuísse uma gravadora de "sucessos"? E de um juiz que fosse advogado de criminosos nas horas vagas? E de um árbitro de futebol que fosse conselheiro de algum grande clube?

Pois bem. Há alguns meses, os cariocas com alguma personalidade são obrigados a encarar todas as manhãs nas bancas jornalecos voltados para o "público flamenguista". O que há de anormal nisso? As empresas que os lançaram: o diário "Lance!" e o "Jornal dos Sports”.

Isso mesmo! A Flaprensa agora é oficial. A vontade de puxar o saco de urubu é tão grande que eles fizeram jornais exclusivamente para isso (além, é claro, de ridicularizar os seus adversários). O péssimo gosto de seus conteúdos resultou em nomes cacofônicos, na expectativa de que uma boa campanha na Libertadores (que na verdade foi o terceiro vexame seguido) alavancasse as vendas do "Vem ser" e do "Jornal Danação”.

Para quem ainda tinha dúvidas fica a pergunta: dá para continuar acreditando na imparcialidade desses jornais? Quem não for urubu deve continuar lendo suas linhas, de preferência bebendo uma Nova Schin (eca!) geladinha?